O MAIOR AMOR DO MUNDO

O MAIOR AMOR DO MUNDO (Mother’s Day, EUA, 2016)

Uma mãe solteira com dois filhos meninos e um pai viúvo com duas filhas se conhecem por acaso, duas filhas que escolheram parceiros fora do tradicional e esconderam isso de seus pais recebem uma visita-surpresa deles, uma escritora de sucesso solteirona recebe a visita de uma filha que não conhecia, dentre outras histórias.

Um filme familiar do gênero conhecido nos Estados Unidos como “feel good movie“, dirigido com leveza e competência pelo experiente Garry Marshall (“Uma Linda Mulher”). As histórias, embora baseadas em clichês, prendem o espectador e, sem não trazem nada de novo, pelo menos divertem e fazem rir. O elenco é de primeira linha, com estrelas como Julia Roberts e Jennifer Aniston (foto). 

Cotação: ★★★ (bom)

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.Julia Roberts e Jennifer Aniston

 

MARAVILHOSO BOCCACCIO

MARAVILHOSO BOCCACCIO (Maraviglioso Boccaccio, Itália, 2014)

No século XIV, a peste negra está fazendo muitas vítimas fatais em Florença. Tentando fugir do ambiente horrível da cidade, um grupo de dez jovens ruma para uma casa no campo, onde resolvem passar o tempo contando histórias de questões morais da natureza humana, enquanto esperam a situação melhorar.

Belíssimo filme que lembra “Decameron”, de Pasolini. Numa época de dor, a arte de contar histórias pode ser a salvação. Quase 20 anos após o também belo “Afinidades Eletivas”, os irmãos Taviani mostram que continuam cineastas de primeira linha, com um trabalho encantador que conquista o público já nas primeiras cenas. Poético, delicado e imperdível. Um dos melhores filmes do ano.

Cotação: ★★★★½ (ótimo)

 

CAPITÃO AMÉRICA – GUERRA CIVIL

CAPITÃO AMÉRICA – GUERRA CIVIL (Captain America – Civil War, EUA, 2016)

Após a destruição com mortes causada no filme anterior, o grupo de super-heróis liderado pelo Capitão América é proibido de agir sem supervisão de autoridades, que têm apoio do Homem de Ferro. Este cria um outro grupo que entra em confronto com o do Capitão, após um atentado a bomba que mata um rei.

Filme de ação com super-heróis que mostra ser possível fazer um blockbuster de forma séria, mantendo a diversão e contando sua história simples e eficiente. As sequências de ação são eletrizantes, com destaque para o combate entre os dois grupos de heróis, que não deixa de lado o humor inteligente.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

MILAGRES DO PARAÍSO

MILAGRES DO PARAÍSO (Miracles From Heaven, EUA, 2015)

Família cristã (pai, mãe e três garotas) vive no campo e tem sua rotina quebrada quando a filha do meio começa a sentir fortes dores na barriga. Após muitos exames, é constatado que a garota possui um problema digestivo que pode levá-la à morte. A família passa a fazer de tudo para salvar sua vida, enquanto a mãe questiona a Deus pelo ocorrido.

O tom deste dramalhão eficaz é intenso, e o problema médico angustiante que impulsiona a história dá ao filme um tema não-religioso para falar além de seu público-alvo. Apesar do sentimentalismo que chega ao piegas, o espectador consegue ignorar isso por uma identificação rápida com a relação entre mãe e filha, que as atrizes Jennifer Garner e Kylie Rogers defendem muito bem.

Cotação: ★★★ (bom)

 

O DONO DO JOGO

O DONO DO JOGO (Pawn Sacrifice, EUA, 2014)

Nos anos da Guerra Fria, os soviéticos dominavam amplamente o cenário do xadrez, sendo que Boris Spassky (Liev Schreiber) era tido como invencível. Mas surge o americano Bobby Fisher (Tobey Maguire, ex-Homem-Aranha), jovem fenômeno, que tem planos de batê-los e ser campeão mundial. Mas tem de lutar contra seus próprios problemas pessoais.

O veterano diretor Edward Zwick conta a história do enxadrista Bobby Fisher de forma a princípio monótona, mas consegue ir envolvendo aos poucos o espectador, dando à história uma aura épica. O filme tem o mérito de não fugir das partes ruins do personagem, fazendo dele uma figura bem humanizada.

Cotação: ★★★ (bom)

 

Schach-Genie Bobby Fisher (Tobey Maguire)

 

TRUMAN

TRUMAN (Truman, Espanha-Argentina, 2015)

Depois de muitos anos sem se verem, amigo de infância que mora no Canadá (Javier Camara) chega para visitar o outro (Ricardo Darin) na Espanha, após saber que ele está com câncer em fase terminal. Eles passam alguns dias juntos, e aproveitam para visitar o filho do amigo, que mora na Holanda, em uma provável despedida. Outro problema é arrumar um novo dono para seu cachorro.

Um drama que ganha força exatamente por fugir com grande habilidade da pieguice, ao contrário de tantos outros filmes do gênero. O lado cômico da produção está presente o tempo todo, de forma suficiente para fazer o espectador rir, apesar do enredo delicado. O Truman do título é uma referência ao nome do cachorro do personagem principal.

Cotação: ★★★½ (muito bom)