PAULO, APÓSTOLO DE CRISTO

PAULO, APÓSTOLO DE CRISTO  (Paul, Apostle Of Christ, EUA, 2018)

Paulo, já transformado de perseguidor de cristãos em um dos apóstolos mais influentes do cristianismo, encontra-se preso em Roma. Lucas, o evangelista, consegue permissão para visitá-lo na prisão, onde o entrevista para contar sua história para a posteridade, nos Atos dos Apóstolos.

Lançado quase em sequência a outro filme do gênero, “Maria Madalena”, este drama bíblico focaliza um personagem cuja vida percorreu um arco dramático realmente digno de ganhar um filme – embora aqui seu passado seja mostrado em flashback. É uma produção pouco ambiciosa, mas tem valor histórico e por vezes emociona. Ademais, faz refletir sobre a firmeza de princípios e a integridade espiritual. O ponto fraco é a previsibilidade da história.

Cotação: ★★★½  (muito bom)

 

O PROCESSO

O PROCESSO (Brasil, 2018)

Documentário que acompanha a crise política que afeta o Brasil desde o fim do governo Dilma. A diretora Maria Augusta Ramos filmou votações e discussões no Planalto e no Congresso Nacional que culminaram com a destituição da “presidenta” Dilma Rousseff do seu cargo.

Um documentário que até se vê com agrado, mas tem um pecado grave: toma partido claramente, para o lado do PT e da “presidenta” Dilma. Em mais de duas horas, a diretora Maria Augusta Ramos acompanha o processo que levou ao impeachment de Dilma Rousseff. Para isso, utiliza transmissões da TV Senado e coloca sua câmera nas reuniões internas dos defensores petistas. Dilma é apenas uma coadjuvante de um registro cujos protagonistas são os senadores Lindberg Farias e Gleisi Hoffmann, sempre na mira da realizadora – já a oposição sabia se tratar de uma inimiga, e não permitiu que ela filmasse. Sempre que o faz, faz à distância e buscando ridicularizá-los em enquadramentos ridículos. Um das autoras do pedido de impeachment, a advogada Janaína Paschoal, é vista sempre em momentos constrangedores nos bastidores, enquanto José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, brilha nos momentos de sua defesa contra o impeachment. Já o elogiado relatório de Anastasia a favor do mesmo é ignorado. Fuja, se não for petista fanático.

Cotação: ★ (ruim)

A NOITE DO JOGO

A NOITE DO JOGO (Game Night, EUA, 2018)

 

Três casais que organizam noites de jogos se envolvem em um problema sério quando criminosos de verdade invadem a brincadeira e sequestram o irmão do anfitrião, levando todos a pensarem que seu desaparecimento faz parte da encenação. Os competidores tentam resolver o mistério para vencer o jogo, cujos rumos, porém, vão se complicando.

 

Um filme que equilibra bem dois gêneros diferentes: comédia e suspense. A trama tem boas sacadas e reviravoltas que mantêm o interesse do espectador ao longo de toda a projeção. É um trabalho criativo que vale a pena ser conferido nos cinemas, principalmente pelos fãs do gênero. Esperto e engraçado, o filme é uma diversão muito boa, que funciona até nos letreiros finais.

 

Cotação: ★★★½ (muito bom)

VINGADORES: GUERRA INFINITA

VINGADORES: GUERRA INFINITA (Avengers: Infinity War, EUA, 2018)

Alienígena chega à Terra com seus capangas poderosos, em busca de certas “pedras” criadas no Big Bang, que são fonte de imensos poderes, duas das quais estão em poder de alguns super-heróis. Para enfrentá-lo, os Vingadores precisarão unir forças com os Guardiões da Galáxia, enquanto tentam superar alguns problemas pessoais e divergências externas.

Esta é a primeira metade da última parte da série Vingadores, que mesmo em seu terceiro episódio já está dando sinais de cansaço. Os diretores pecam pelo excesso de heróis e pela apelação à morte de alguns deles para manter o interesse do filme, além de vilões que não convencem. Se você for fã dos personagens, encontrará aqui um prato cheio e diversão garantida. Porém, os que não costumam se empolgar com filmes da Marvel, não será com esta produção que serão cativados.

Cotação: ★★★ (bom)

 

VERDADE OU DESAFIO

 

VERDADE OU DESAFIO (Truth or Dare, EUA, 2018)

Turma de adolescentes em férias no México são convencidos a brincar de “Verdade ou Desafio”, em uma igreja abandonada, por um novato misterioso. Ao passar a maldição para os recém-conhecidos, ele avisa o grupo sobre os riscos e regras do jogo, mas não é levado a sério até que essa presença demoníaca começa a assombrar os participantes.

A proposta narrativa, ainda que previsível, poderia constituir um simpático jogo de massacre se o roteiro que parte de uma premissa interessante, não se sabotasse, inventando uma absurda origem do mal, e mudando constantemente as regras do jogo. Mas funciona para os menos exigentes e pode virar uma série.

Cotação: ★★½ (agradável)

 

O RENASCIMENTO DO PARTO 2

O RENASCIMENTO DO PARTO 2 (Brasil, 2018)

O Brasil é o país com o maior número de partos por cesariana no mundo. Este documentário denuncia a postura preguiçosa, criminosa e mercenária da grande maioria dos médicos obstetras nacionais, além de buscar elucidar os mitos em torno do parto normal e divulgar os cuidados para a sua realização.

Um bom documentário nacional, recheado de imagens reais e impactantes, permeado por histórias da busca pelo parto ideal, que vai crescendo à medida que a projeção avança, envolvendo o espectador. Ao mesmo tempo, é um filme-denúncia e um filme que propõe debate pelo retorno à simplicidade do parto natural, com o mínimo de intervenção possível e com maior respeito pela vontade e saúde das mães e do bebês.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

ELLA E JOHN

ELLA E JOHN  (The Leisure Seeker, Itália-França, 2017)

Casal de idosos decide fazer uma última viagem pelo país, dirigindo um motor-home, sem avisar aos filhos, que entram em pânico. Os dois saem de Boston e descem pela costa do Atlântico até a antiga casa de Ernest Hemingway, em Key West, na Flórida, passando por várias situações complicadas, ainda mais porque o marido sofre de perda de memória recente e distante.

Um “road movie” que mistura bem drama com algumas pitadas de comédia, em uma bela celebração da vida. Temos aqui um filme de atores, cujo foco está nos dois veteranos protagonistas. Helen Mirren tem outra atuação soberba, inclusive indicada ao Globo de Ouro, e Donald Sutherland perfeito, os dois conseguindo alcançar uma química rara. Pena que os filhos, por exemplo, não tenham intérpretes à altura.

Cotação: ★★★ (bom)

 

 

EXORCISMOS E DEMÔNIOS

EXORCISMOS E DEMÔNIOS (The Crucifixion, EUA, 2016)

 

Jornalista americana vai à Romênia para investigar os motivos pelos quais um padre foi condenado à prisão após a morte de uma freira em que ele praticou um exorcismo, e tenta descobrir se ele de fato teve culpa na morte dessa religiosa com problemas mentais ou espirituais.

 

Mais um filme de terror demoníaco que tenta copiar ou trazer algo de novo ao clássico “O Exorcista”. Embora inspirado por uma história real, o filme tem mais acertos como reportagem investigativa do que como uma produção do gênero. O roteiro apela bastante aos clichês do gênero, e o espectador não consegue simpatizar com os personagens envolvidos.

 

Cotação: ★★½ (agradável)

7 DIAS EM ENTEBBE

7 DIAS EM ENTEBBE (7 Days in Entebbe, Reino Unido, 2018)

Em 1976, um voo de Tel-Aviv a Paris é sequestrado e levado para Entebbe, na Uganda. Os passageiros judeus são separados e viram reféns para uma possível troca por terroristas palestinos presos em Israel. Em poucas horas, o governo israelita resolve organizar uma operação de resgate para atacar o aeroporto e libertar os reféns, em missão arriscada.

Padilha acerta na recriação d eépoca. O clima de ansiedade funciona, mesmo com todos sabendo como será o desfecho. Eficiente, “7 dias em Entebbe” cumpre a missão de contar uma história real que é lembrada até hoje. O roteiro humaniza os  sequestradores e tenta mostrar todos os lados envolvidos na ação, característica das obras de José Padilha (Tropa de Elite).

Cotação: ★★★ (bom) 

RAMPAGE – DESTRUIÇÃO TOTAL

RAMPAGE – DESTRUIÇÃO TOTAL (Rampage, EUA, 2018)

Cientista especialista em macacos tem forte amizade por um gorila albino inteligente, que está sob seus cuidados desde pequeno. Porém, um experimento genético ilegal atinge o primata e outros animais, que se transformam em monstros que espalham destruição. O cientista tenta encontrar um antídoto e impedir que seu protegido e os demais provoquem uma catástrofe.

Um filme de ação no estilo de “Godzilla” e “Círculo de Fogo”, com monstros gigantes desta vez levados para solo norte-americano, cheio de explosões e cenas de ação bem elaboradas, incluindo algumas sacadas que por vezes fazem rir. A direção não consegue misturar os gêneros tão eficientemente quanto em outras obras de ação, mas funciona como uma boa diversão sem compromisso.

Cotação: ★★½ (agradável)