UM ESPIÃO ANIMAL

UM ESPIÃO ANIMAL (Spies in Disguise, EUA, 2019)

Espião elegante e vaidoso, que se acha o melhor do mundo, deixa-se convencer por um jovem inventor a tomar uma poção que o deixaria invisível para os inimigos. Porém, em vez disso, ele acaba sendo transformado em um pombo. Com o inesperado acontecimento, ele precisará da ajuda do jovem atrapalhado para tentar completar a missão.

Animação que se atém a uma ideia e vai com ela até o final. A qualidade técnica da produção garante um programa que atinge o objetivo de divertir sem maiores compromissos. O filme, porém, poderia ser mais enxuto, pois não há necessidade de mais de uma hora e quarenta minutos de projeção, como acontece. Mas a criançada encontra o que procura.

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SEGREDOS OFICIAIS

SEGREDOS OFICIAIS (Official Secrets, Reino Unido, 2019)
 
Depois de anos trabalhando como tradutora para um órgão de inteligência nacional britânica, mulher consciente toma conhecimento, em uma mensagem secreta, de que o governo Bush tenta conseguir o apoio inglês para acusar falsamente Saddam Hussein de possuir armas químicas e levar os dois países à guerra contra o Iraque. Ela resolve passar a mensagem para uma amiga pacifista, que por sua vez a entrega a um jornalista amigo, gerando uma repercussão inesperada por ela.
 
Dirigido com eficiência por Gavin Hood, este drama de espionagem e jornalismo aborda uma história real que chega a ser chocante. Brilhante em quase toda a sua projeção e muito acima da média dos filme do gênero, “Segredos Oficiais” é mais do que apenas uma importante história real levada às telas, é um exemplo a ser seguido por produções biográficas futuras. O elenco, liderado por Keira Knightley, brilha.
 
Cotação: ★★★★ (ótimo)
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A ESPIÃ VERMELHA

A ESPIÃ VERMELHA (Red Joan, Inglaterra, 2019)

Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, jovem e brilhante estudante de física se apaixona por um colega comunista e passa a acompanhá-lo em reuniões. Quando ela é convocada para ser secretária de um cientista britânico (que vem a se apaixonar por ela), passa a ser visada pelo ex-namorado e amigas ligadas à União Soviética, então uma aliada contra o nazismo de Hitler. Eles passam a tentar conseguir que ela lhes repasse dados sigilosos sobre a bomba atômica.

Este não é o tipo de filme de espionagem cheio de adrenalina, no estilo “Missão Impossível”. O estilo aqui é outro, mas o que está em jogo é algo grande e real: o equilíbrio de poder entre o Ocidente e o bloco comunista no final da Segunda Guerra Mundial. Com uma direção de arte e figurino primorosos, é uma biografia sólida com comvincentes atuações de Judi Dench e do restante do elenco. A história real é contada sempre em flashes-back, com sucesso.

Cotação: ★★★★ (ótimo)

 

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JOHNNY ENGLISH 3.0

JOHNNY ENGLISH 3.0 (Johnny English Strikes Again, Reino Unido, 2018)

Quando um ataque cibernético revela as identidades de todos os agentes do país, agente meio trapalhão volta à ativa com a missão de achar o hacker por trás da ação criminosa. Com poucas habilidades tecnológicas, ele tenta superar o desafio, mas no percurso comete algumas mancadas.

Comédia pouco criativa e sátira não muito inspirada ao mundo de James Bond, o 007, mas que traz o show habitual de Rowan Atkinson, que se celebrizou como Mr. Bean. Esta sequência tem mais risadas e menos estereótipos que os dois filmes que a precederam. O filme é impulsionado pela comicidade inerente de seu protagonista, e totalmente dependente do imenso carisma do ator.

Cotação: ★★★ (bom)

 

johhny Rowan Atkinson (esquerda), impagável em seu novo filme

OPERAÇÃO RED SPARROW

OPERAÇÃO RED SPARROW (Red Sparrow, EUA, 2018)

Bailarina do Bolshoi tem uma contusão grave e fica inutilizada para dançar, pelo que se vê em apuros para pagar suas dívidas. Um tio ligado ao governo oferece uma saída: ela se tornar uma espiã, treinada na melhor escola russa. Após difícil aprendizagem, se torna uma talentosa profissional da espionagem e tem de anular um agente americano, pelo qual acaba desenvolvendo uma paixão proibida que ameaça a vida dos dois.

Suspense de espionagem que exagera na violência e no apelo sexual barato. Tenta-se fazer um drama à antiga, da época da Guerra Fria, como se o  mundo não tivesse mudado. Difícil entender como uma estrela como Jennifer Lawrence embarcou nesta furada. O diretor, o mesmo de “Jogos Vorazes”, mostra que realmente não tem talento.Os russos são mostrados de forma caricatural, em contraste com o bom-mocismo dos americanos, reforçando o maniqueísmo. Um filme patético.

Cotação: ★ (ruim)

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