Mês: dezembro 2017
ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE
ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE (Murder on the Orient Express, EUA, 2017)
Detetive de renome embarca em uma viagem no trem Expresso do Oriente, que vem de Istambul às principais capitais europeias. A bordo, ele recebe proposta de um negociante para ser seu segurança particular na viagem, e recusa. Horas depois, o sujeito é assassinado e ele terá de solucionar o mistério de quem teria sido o responsável.
Uma nova versão do clássico de Agatha Christie que consegue ser fiel ao original na resolução da trama, mas ao mesmo tempo é diferente nas suspeitas e situações. Por vezes o filme parece datado, mas a parte mais fraca desta adaptação é exatamente onde se deveria ter mais cuidado: o clímax, com a revelação do responsável.
Cotação: ★★½ (agradável)
A ESTRELA DE BELÉM
EM BUSCA DE FELLINI
EM BUSCA DE FELLINI (In Search of Fellini, EUA, 2017)
Jovem tímida e superprotegida pela mãe descobre os filmes do diretor italiano Federico Fellini e ganha a oportunidade de viajar para a Itália para conhecê-lo, quando a mãe se descobre com pouco tempo de vida. Lá, as coisas não saem como planejadas, mas conhece dois rapazes locais que a introduzem ao amor.
Um filme que falha em ser poético e mesmo em prestar uma bela homenagem a Fellini, pois nota-se claramente que o diretor partilha da ignorância de muitos norte-americanos sobre as nuances do universo felliniano, abundante em humanidade e beleza. Podemos até compreender a boa intenção do diretor, mas não dá para relevar sua incompetência em transcrever a obra do cineasta italiana.
Cotação: ★½ (fraco)
PERFEITA É A MÃE 2
VICTORIA E ABDUL – O CONFIDENTE DA RAINHA
COM AMOR, VAN GOGH
COM AMOR, VAN GOGH ( Loving Vincent, Reino Unido-Polônia, 2017)
Um ano após a morte do célebre pintor Vincent Van Gogh, um jovem encontra uma carta enviada ele para o irmão Theo, que jamais a recebeu. Após conversar com o pai, carteiro amigo do pintor, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Com esse objetivo, parte para a cidade francesa de Arles na esperança de fazer algum contato com a família do pintor falecido. Lá, percebe que talvez o pintor tenha sido assassinado, e começa uma investigação por si mesmo.
Conta a história de Vincent Van Gogh toda no estilo visual de suas pinturas, com resultados visualmente deslumbrantes. Pintado à mão por mais de cem artistas, o filme é um deleite para os olhos do espectador. Além dos personagens, há cenários e ícones marcantes, como os girassóis, também presentes no filme. Van Gogh, criador de tantas obras-primas, com certeza aprovaria esse belíssimo trabalho em sua homenagem.
Cotação: ★★★★ (ótimo)
PAI EM DOSE DUPLA 2
PAI EM DOSE DUPLA 2 (Daddy’s Home 2, EUA, 2017)
Após resolverem suas diferenças no filme anterior, os co-pais Brad (Will Ferrell) e Dusty (Mark Wahlberg) precisam de muita paciência quando os pais de cada um (os ótimos John Lithgow e Mel Gibson) deles resolvem aparecer para a festa de Natal da família. De imediato, um deles aluga uma casa nas montanhas nevadas para o evento. No local, os conflitos de passado de cada um deles aparecerá em momento bem inoportuno.
Em um ano fraco para as comédias, ‘Pai em Dose Dupla 2’ pode ser considerado como a melhor comédia do ano. É um daqueles poucos filmes em que quase todas as piadas funcionam e fazem rir. Na verdade, havia um bom tempo que os espectadores não se divertiam e riam tanto. O diretor soube tirar proveito de trabalhar novamente com dois astros de gêneros diferentes (comédia e ação) que deram certo juntos, assim como agora também soube aproveitar a entrada dos “avôs” bem diferentes.
Cotação: ★★★★½ (ótimo)
LIGA DA JUSTIÇA
COLO
COLO (Idem, Portugal, 2017)
Em Portugal, uma família de classe média passa por grave crise financeira. O pai perde o emprego e não consegue encontrar outro trabalho, a mãe acha um trabalho extra para aumentar a renda, mas vive estressada e fora de casa. A filha encontra o namorado às vezes e sai com uma amiga grávida, a quem acaba levando para sua casa. O pai se interessa pela amiga e lhe faz uma proposta. A filha também busca sair de casa e encontrar seu caminho.
Um interessante filme sobre as consequências do desemprego. O caos trazido funciona como catalisador de esgotamento emocional e psicológico, traduzido aqui em um longo, depressivo e desconcertante drama sobre pessoas de um mesmo núcleo familiar que vão buscar conforto, o “colo” do título, fora de casa. Por vezes um pouco monótono e contemplativo, mas sem nunca deixar se tornar maçante.
Cotação: ★★★ (bom)
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