BOHEMIAN RHAPSODY

BOHEMIAN RHAPSODY (Idem, EUA, 2018)

Quatro amigos músicos resolvem formar o Quenn, um conjunto de alto nível, ainda nos anos 1970. Porém, o estilo de vida extravagante do cantor do grupo começa a afetar o relacionamento entre eles, e ele acaba aceitando uma proposta para fazer carreira solo, o que irrita os demais componentes da banda.

Filme biográfico-musical em que os espectadores que curtem as músicas do Queen vão adorar as músicas, mas o único destaque real é a atuação carismática de Rami Malek como Freddie Mercury. A produção é muito bem cuidada e há fabulosas cenas de shows, fazendo sua qualidade dramatúrgica sobressair.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

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PODRES DE RICOS

PODRES DE RICOS (Crazy Rich Asians, EUA, 2018)

Jovem professora de economia americana namora um rapaz asiático ignorando o fato de ele ser podre de rico. Quando ele a convida para ir com ele ao casamento do melhor amigo, em Singapura, aos poucos ela percebe a realidade: como herdeiro de uma fortuna, ele é um dos solteiros mais cobiçados do local, colocando-a na mira de outras candidatas invejosas, bem como da sogra, que desaprova o namoro.

Uma adorável comédia romântica sobre romance, riqueza, poder e confrontos culturais, que traz uma experiência vibrante e enriquecedora. Comovente e por vezes espetacular, traz ao gênero a inovação de que ele tanto precisava. E é até divertido acompanhar o glamour e a insanidade que o dinheiro pode oferecer. E ainda tem-se uma atuação excelente do elenco, especialmente de Michelle Yeoh, como a sogra megera.

Cotação: ★★★★ (ótimo)

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FÚRIA EM ALTO MAR

FÚRIA EM ALTO MAR (Hunter Killer, EUA, 2018)

Após um submarino americano ter sido afundado em águas russas, outro é enviado pelo governo dos Estados Unidos para investigar. Lá, descobrem que a nave foi torpedeada, e quase sofrem o mesmo destino. Investigando, descobrem que um ministro russo insano deu um golpe para derrubar o seu presidente e começar uma guerra com os Estados Unidos.

Um raro filme de guerra com submarinos, algo que não se via desde “Caçada ao Outubro Vermelho” (1990). Pode empolgar os espectadores que curtem filmes de guerra no mar (há também cenas de combate terrestre). Este thriller moderno agrada também aos fãs dos filmes de ação dos anos 80 e 90, com ação ininterrupta que consegue provocar a tensão esperada. O único senão é o roteiro, que não se importa de levantar hipóteses políticas bem pouco verossímeis.

Cotação: ★★★  (bom)

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MUSEU

MUSEU (Museo, México, 2018)

Na véspera do Natal de 1985, dois jovens fracassados invadem o Museu Nacional de Antropologia, na Cidade do México, e roubam 140 peças pré-hispânicas. Ao perceberem a gravidade do ato, decidem vendê-las rapidamente, mas aos poucos percebem que, em vez de enriquecer, se envolveram em um enorme problema.

Um filme de roubo que não se comporta como tal, fugindo aos clichês do gênero. É uma obra inteligente e curiosa que representou o México no Festival de Berlim. Graças ao talento do diretor, do roteiro engenhoso e do elenco inspirado, “Museu” se revela muito mais interessante do que se esperava, com sua capacidade de combinar a incompetência divertida de sua dupla de ladrões com cenas de tensão e suspense.

Cotação: ★★★★ (ótimo)

museu

JOHNNY ENGLISH 3.0

JOHNNY ENGLISH 3.0 (Johnny English Strikes Again, Reino Unido, 2018)

Quando um ataque cibernético revela as identidades de todos os agentes do país, agente meio trapalhão volta à ativa com a missão de achar o hacker por trás da ação criminosa. Com poucas habilidades tecnológicas, ele tenta superar o desafio, mas no percurso comete algumas mancadas.

Comédia pouco criativa e sátira não muito inspirada ao mundo de James Bond, o 007, mas que traz o show habitual de Rowan Atkinson, que se celebrizou como Mr. Bean. Esta sequência tem mais risadas e menos estereótipos que os dois filmes que a precederam. O filme é impulsionado pela comicidade inerente de seu protagonista, e totalmente dependente do imenso carisma do ator.

Cotação: ★★★ (bom)

 

johhny Rowan Atkinson (esquerda), impagável em seu novo filme

CHACRINHA – O VELHO GUERREIRO

CHACRINHA – O VELHO GUERREIRO (Brasil, 2018)

Nos anos 50, Abelardo Barbosa vem para o Rio de Janeiro e consegue emprego em uma pequena rádio, como locutor. Mas resolve fingir estar sendo apresentador de um show cheio de celebridades, e com isso alcança grande audiência, o que chama atenção das rádios maiores, e mais tarde, da televisão. Ali, revoluciona os programas de auditório, lançando vários nomes importantes da música brasileira.

Uma biografia que surpreende pela fidelidade ao personagem e por sua humanização e sobriedade, evitando o tom laudatório que costuma detonar os filmes do gênero. Stepan Nercessian tem uma atuação fantástica, quase mediúnica, revivendo o personagem de forma espetacular, com toda a sua inquietude e criatividade. É uma produção esmerada, eficiente na reconstituição do clima da época e das ambiguidades do personagem.

Cotação: ★★★★ (ótimo)

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O PRIMEIRO HOMEM

O PRIMEIRO HOMEM (First Man, EUA, 2018)
No começo dos anos 1960, os Estados Unidos, atrás da União Soviética na corrida espacial, decidem incrementar o programa e contratam pilotos experientes, como Neil Armstrong, para formar um time de astronautas de primeira linha. Neil passa por momentos difíceis com uma filha com doença terminal, mas não se deixa abater e mostra determinação. Quando alguns colegas morrem em um acidente, ele se torna o número um da fila para a missão que pousará na Lua pela primeira vez.
Uma biografia épica, potencializada por fortes atuações de seu elenco e pelo talento de mestre do diretor Damien Chazelle. O resultado é um filme quase documental sobre ao trajetória de Neil Armstrong, com realismo que só tem paralelo em “Apollo 13”, no que tange à forte sensação de perigo constante. O longa deixa claro que não se tratou de um projeto científico perfeito, e sim um grande esforço coletivo baseado em coragem e determinação quase suicida. Mesmo com mais de duas horas de duração, o longa não se torna cansativo, já que as os eventos são mostrados com detalhes impressionantes. A sensação é que estamos na nave com ele. Um dos melhores filmes de 2018.
Cotação: ★★★★★ (excelente)
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O QUEBRA-NOZES E OS QUATRO REINOS

O QUEBRA-NOZES E OS QUATRO REINOS (The Nutcracker and the Four Realms, EUA, 2018)
No século 19, três jovens perdem a mãe. Uma delas ganha de lembrança um artefato que só pode ser aberto com uma chave mágica. Em busca desta, ela entra por um portal que a leva a quatro reinos repletos de magia e encanto, mas onde há também maldade, onde ela passa por diversos apuros para tentar alcançar seu objetivo.
Uma boa pedida para quem gosta de filmes de fantasia. Conta com um elenco de primeira (que poderia ser melhor aproveitado) e um trabalho de direção de arte magnífico. O filme lembra outros do gênero, como “Alice no País das Maravilhas” ou “As Crônicas de Nárnia”. Mais direcionado às crianças, este conto de Natal, leve e divertido, pode também ser visto com agrado pelo público mais adulto. Lamentável, porém, que as cópias legendadas só tenham ficado em cartaz na primeira semana.
Cotação: ★★★ (bom)
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HALLOWEEN

HALLOWEEN (Idem, EUA, 2018)
 
Quarenta anos depois de preso, o assassino caladão do filme original consegue escapar da prisão e volta a matar pessoas a rodo, inclusive ameaçando vítimas do passado, como uma mulher e sua família. Porém, desta vez elas estão preparadas.
 
Um novo título da franquia que continua a história do primeiro filme, de 1978, como se todas as demais sequências nunca tivessem acontecido.Como filme de terror, não é assustador como deveria ser, inclusive chegando por vezes a ser maçante. Mas vale como curiosidade e pela presença de Jamie Lee Curtis na sequência do filme que a celebrizou.
Cotação: ★★ (regular)
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Jamie Lee Curtis reencontra o assassino silencioso

O DOUTRINADOR

O DOUTRINADOR (Brasil, 2018)

Um policial federal revoltado resolve agir como um vigilante mascarado e fazer justiça com as próprias mãos para atacar a impunidade com que políticos desonestos e donos de empreiteiras enriquecem às custas do povo.

Um filme nacional com alguns méritos na parte técnica, mas que conta com uma narrativa pífia, pretendendo imitar filmes americanos baseados em histórias em quadrinhos. A falha mais grave é no discurso simplista para uma questão complexa, sendo que o personagem é ridículo em sua fantasia e os vilões são puro clichê.

Cotação: ★ (ruim)

 

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