BEN-HUR

BEN-HUR (Idem, EUA, 2016)

Judeu nobre e sua família são injustamente acusados de traição e condenados à escravidão e à morte. Ele sobrevive e é resgatado por um rico beduíno, pelo qual participará de uma corrida de bigas contra seu ex-irmão adotado, agora um homem de confiança de Pôncio Pilatos.

Esta nova versão não chega nem perto da grandiosidade do clássico, mas é enxuto e consegue prender o espectador, mantendo um bom ritmo por toda a longa projeção. Porém, o reencontro e a reconciliação de alguns personagens soa forçada e artificial demais. O grande destaque é a corrida de bigas.

Cotação: ★★★ (bom)

 

BEN-HUR

CAFÉ SOCIETY

CAFÉ SOCIETY (Idem, EUA, 2016)

Jovem aspirante a escritor se muda de Nova York para Los Angeles, esperando ser contratado por um tio que é produtor em um grande estúdio. A princípio, consegue apenas um emprego pequeno, mas se apaixona pela secretária do tio, mesmo sabendo que ela tem namorado. Ele, porém, ignora que esse namorado secreto é seu próprio tio.

Uma comédia deliciosa e inteligente, com Jesse Eisenberg encarnando de longe a melhor persona de Woody Allen na tela dos últimos tempos. O roteiro rico e inteligente retrata as dores do amor com leveza e humor na medida certa. Uma confirmação de Allen como um dos principais cineastas americanos da atualidade.

Cotação: ★★★★½ (ótimo)

 

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ESPERANDO ACORDADA

ESPERANDO ACORDADA (Les Chaises Musicales, França, 2015)

Violinista amadora anima festas de crianças e de idosos. A caminho de um evento, ela se perde. Ao pedir orientação a um homem, causa involuntariamente sua queda, e ele fica desacordado. No dia seguinte, ela descobre que o homem está no hospital, em coma. Tomada pela culpa, decide visitá-lo todos os dias e ajudá-lo no que for possível.. Mas acaba se apaixonando por ele.

Uma bela comédia dramática que aos poucos vai se transformando em romântica. A diretora tem como maior trunfo a simpatia e a performance de Isabelle Carré, que ajuda a sustentar a empatia da plateia. O filme cresce ao longo da projeção, ao ir trocando gradativamente o tom realista pelo de uma fábula.

Cotação: ★★★ (bom)

 

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QUANDO AS LUZES SE APAGAM

QUANDO AS LUZES SE APAGAM (Lights Out, Reino Unido, 2016)

Um menino descobre que vive em uma casa assombrada por um fantasma monstruoso ligado à sua mãe, e que sua irmã mais velha havia saído de casa pelo mesmo motivo. A situação fica insustentável, e a irmã precisa intervir, para desgosto da mãe e do fantasma, que fica enfurecido.

Um filme de terror e suspense é insanamente assustador, muito bem feito por um promissor diretor iniciante, que diverte a assusta com novas e perversas maneiras de usar nosso medo do escuro para criar novos sustos. Muito acima da média em comparação com outras produções que temos visto nos últimos anos, com exceção dos dois “Invocação do Mal” e de “Corrente do Mal”.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

 

LIGHTS OUT

PERFEITA É A MÃE

PERFEITA É A MÃE (Bad Moms, EUA, 2016)
 
Mãe de dois estudantes se rebela contra o excesso de atividades escolares dos filhos, contra a exploração em seu trabalho e contra seu marido estar com um caso na internet, e começa um movimento para derrubar a líder da associação de pais e mestres, conseguindo apoio de outras mães.
 
Uma comédia divertida, que transcende os chavões de filmes sobre mães para contar com competência uma história basicamente sobre dignidade pessoal. Há momentos de humor inteligente, bem como para todos os gostos. O desempenho do trio de atrizes principal, chefiado por Mila Kunis, é parte importante desse sucesso.
 
Cotação: ★★★ (bom)
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FRANCOFONIA – LOUVRE SOB OCUPAÇÃO

FRANCOFONIA – LOUVRE SOB OCUPAÇÃO (Francofonia, le Louvre Sous l’Occupation, França-Alemanha, 2015)

Documentário sobre a ocupação do Museu do Louvre pelas forças nazistas em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que se reflete sobre a importância dos museus.

Temos aqui um registro bastante criativo e fora dos padrões convencionais do gênero. Mas não é para qualquer plateia, sendo mais indicado para aos amantes da arte. A câmera passeia contemplativa pelos corredores do museu, se demorando em algumas pinturas e esculturas. As tentativas de reconstituição de época agradam, em geral.

Cotação: ★★★ (bom)

 

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A VIAGEM DE MEU PAI

A VIAGEM DE MEU PAI (Floride, França, 2015)

Industrial aposentado e com perda de memória vive sozinho após a morte da segunda esposa. Suas cuidadoras não duram muito tempo no emprego, pois ele as vive atazanando de forma proposital. A filha mais velha reluta em colocá-lo em um asilo, mas a cada dia a situação se torna mais difícil.

Um drama familiar que transita bem entre o lado cômico de situações e o peso dramático que os temas da velhice e da Alzheimer merecem. O diretor demora um pouco, mas acaba encontrando o ponto de equilíbrio, conseguindo o envolvimento do espectador. As atuações de Jean Rochefort e Sandrine Kiberlain são muito boas.

Cotação: ★★★ (bom)

 

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ESQUADRÃO SUICIDA

ESQUADRÃO SUICIDA (Suicide Squad, EUA, 2016)

Após a morte de do Superman, uma agente do governo cria uma equipe de criminosos e pessoas com poderes para combater possíveis ameaças. Mas uma das convocadas, uma feiticeira, escapa e causa enorme problema, que o grupo terá de combater como primeira missão. Enquanto isso, o Coringa tenta resgatar sua namorada, uma outra participante do esquadrão.

Um filme de super-heróis que tenta introduzir uma nova leva dos mesmos, alguns com sucesso. A aventura tem bons momentos e personagens interessantes, como Arlequina, mas não inova e sua trama previsível não deixa o filme avançar além das expectativas. Os melhores momentos ocorrem quando a trama cruza com personagens já consagrados, como Batman e o Coringa.

Cotação: ★★★ (bom)

 

SUICIDE SQUAD

OS CAÇA-NOIVAS

OS CAÇA-NOIVAS (Mike and Dave Need Wedding Dates, EUA, 2016)

Dois irmãos ganham fama de arruinarem todas as festas da família ao paquerar todas as mulheres nelas disponíveis. Assim, seus pais e sua irmã, que está de casamento marcado, decidem que eles só irão à festa se levarem parceiras fixas. Ao colocarem um anúncio online, encontram duas garotas que parecem ótimas – mas que também são problemáticas.

Uma comédia extravagante e insana, que pretende seguir a linha de “Penetras Bons de Bico”, em uma espécie de versão feminina do mesmo, e o consegue com sucesso. O filme não seria o mesmo sem a força das engraçadas performances de Aubrey Plaza e Anna Kendrick, que mostram que as comediantes atuais são melhores do que seus colegas masculinos. Há sequências muito divertidas, como a do massagista havaiano.

Incrível que a Fox tenha lançado este filme quase apenas em versões dubladas, o que explica seu fracasso comercial no Brasil.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

 

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A CONEXÃO FRANCESA

A CONEXÃO FRANCESA (La French, França, 2015)

Nos anos 70, juiz é transferido para Marselha, onde descobre que seu maior desafio será acabar com uma bem relacionada quadrilha de traficantes de heroína que domina a cidade. Ele passa a se dedicar a isso de forma obsessiva, deixando de lado até a vida pessoal, para prender o chefe da quadrilha.

Policial que retoma a história de “Operação França” (1972), vista do lado francês. É até curioso e chega a prender a atenção, mas é maniqueísta e nem de longe consegue a tensão e o vigor do filme americano. Lembra os filmes feitos naquela época, e tem boas atuações.

Cotação: ★★½ (legal)

 

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