JANIS: LITTLE GIRL BLUE

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JANIS: LITTLE GIRL BLUE (EUA, 2015)

Documentário sobre a cantora e compositora norte-americana Janis Joplin, que foi a pioneira das mulheres no rock e a maior cantora do gênero nos anos 1960, tendo morrido precocemente em 1970.

A pesquisa documental, com cartas da jovem Janis à família e aos namorados, e imagens raras, é fantástica. Mais do que apresentar uma visão geral da carreira meteórica da cantora, o documentário traça um delicado perfil pessoal da artista, criando um belo retrato da pessoa doce e intensa que foi e conseguindo captar seu intenso magnetismo.

Cotação: ★★★½ (muito bom)

 

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INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO

INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO (Independence Day: Resurgence, EUA, 2016)

Após o ataque alienígena de vinte anos atrás, quando todas as nações da Terra se uniram para combater os extra-terrestres, finalmente os ETs retornam à Terra, com o plano de extrair o núcleo metálico do planeta e matar os humanos. Um grupo de pilotos se une a veteranos da primeira batalha para tentar derrotá-los.

Uma continuação feita para agradar os que curtiram o filme anterior, caprichando nas cenas de ação e nos efeitos especiais e buscando gerar tensão à medida em que a trama se desenvolve. Como de hábito nos filmes do diretor, os personagens são rasos e o filme não oferece mais que entretenimento, mas isso parece ser o bastante para a plateia. É o tipo de filme que é melhor apreciado na versão IMAX.

Cotação: ★★★ (bom)

 

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NÓS OU NADA EM PARIS

NÓS OU NADA EM PARIS (Nous trois ou rien, França, 2014)

Jovem iraniano se torna ativista na luta contra o governo do Xá Reza Pahlevi e vai parar na prisão. Após receber longa e penosa punição, é liberado, mas passa a ser perseguido pelo novo governo islâmico do aiatolá Khomeini e foge para se exilar na França com a família.

Drama de prisão contado com a leveza possível e até certo humor. O diretor estreante, o comediante Kheiron, homenageia a bela trajetória de lutas políticas e sociais de seus pais, mas exagera em muitas cenas e deixa clara sua falta de isenção e maniqueísmo ao retratar Pahlevi como um bufão, de forma bastante caricatural.

Cotação: ★★ (regular)

 

NOUS 3 OU RIEN
NOUS 3 OU RIEN

 

PROCURANDO DORY

PROCURANDO DORY (Finding Dory, EUA, 2016)

Um ano após ajudar o peixe Marlin a reencontrar seu filho Nemo (em “Procurando Nemo”), a desmemoriada Dory começa a se lembrar de seu passado e passa desesperadamente a procurar seus pais, de quem se perdera na infância. Nessa busca, terá auxílio de um polvo rabugento e duas baleias, dentre outros.

Sensacional ver que a continuação de um filme tão amado quanto “Procurando Nemo” (2003) consegue atingir o mesmo nível do encanto e da magia do primeiro filme. A história é povoada de personagens carismáticos, todos muito bem arquitetados, que fazem dessa nova jornada uma aventura muito divertida e cheia de vida, comovente na medida certa e com excelente humor para todos os tipos de público. Como bônus extra, o reencontro com os personagens de “Procurando Nemo” nos proporciona a mesma sensação de rever Han Solo e outros personagens do passado no mais recente “Star Wars” (2015).

Pena que nos cinemas nacionais quase só encontremos a versão dublada. A dublagem do personagem do polvo Hank, feita pelo  vice-presidente de comunicações do Flamengo, Antonio Tabet (!), é horrível. O original de Ed O’Neill é a voz de uma pessoa mais velha, rabuganta, enquanto Tebet optou por tentar fazer uma voz rouca falsa.

Cotação: ★★★★★ (excelente)

 

FINDING DORY
FINDING DORY – When Dory finds herself in the Marine Life Institute, a rehabilitation center and aquarium, Hank—a cantankerous octopus—is the first to greet her. Featuring Ed O’Neill as the voice of Hank and Ellen DeGeneres as the voice of Dory, “Finding Dory” opens on June 17, 2016. ©2016 Disney•Pixar. All Rights Reserved.

 

MAIS FORTE QUE O MUNDO – A HISTÓRIA DE JOSÉ ALDO

MAIS FORTE QUE O MUNDO – A HISTÓRIA DE JOSÉ ALDO (Brasil, 2016)

Desempregado e por vezes delinquente em Manaus, lutador de jiu-jitsu com sérios problemas familiares vai para o Rio e consegue oportunidade para treinar como lutador, começando aos poucos a construir uma carreira de grande sucesso no MMA.

Um filme biográfico que entrega o que promete, o que não quer dizer que seja um filme marcante. Por vezes maniqueísta, é uma tentativa de se criar um herói nacional, com boas cenas de luta e uma história bem contada. O ator principal (José Loreto) convence, esteja muito acima do peso mencionado para o personagem.

Cotação: ★★½ (legal)

 

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DOCE VENENO

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DOCE VENENO (Un moment d’égarement, França, 2015)

Dois amigos decidem fazer uma viagem juntos para a antiga casa da família de um deles nas montanhas da Córsega, levando também as filhas de cada um. Porém, os momentos de lazer acabam se transformando em uma grande confusão quando a filha de um deles se apaixona pelo outro, que inicialmente não resiste à tentação.

A história é batida, mas o diretor conduz a trama de forma a nos fazer esquecer disso, além de usar convincentes cenas amorosas e filmar em lugares paradisíacos. Por vezes se apoia no talento dos atores mais experientes, o que garante o interesse do espectador. E ainda há a revelação da linda Lolit LeLann.

Cotação: ★★★ (bom)

INVOCAÇÃO DO MAL 2

INVOCAÇÃO DO MAL 2 (The Conjuring 2, EUA, 2016)

Sete anos após os eventos do primeiro “Invocação do Mal”, o casal de pesquisadores de fenômenos paranormais é enviado pelo Vaticano a Londres para analisar um caso de poltergeist que estaria assombrando uma família. Chegando lá, percebem que a situação é muito mais séria do que esperavam. Baseado em caso real ocorrido em 1977.

Continuação do mesmo nível do filme original, talvez até melhor, com excelente criação de clima de tensão, prendendo o espectador na poltrona do começo ao fim. O diretor usa até a fotografia para deixar a plateia assustada, usando imagens desfocadas e movimento de câmeras. Terror que pode virar cult e já é grande sucesso de público.

Cotação: ★★★★½ (ótimo)

 

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PORTA DOS FUNDOS – CONTRATO VITALÍCIO

PORTA DOS FUNDOS – CONTRATO VITALÍCIO (Brasil, 2016)

Dois amigos, cineasta e ator, ganham um prêmio em festival europeu e, animados, se comprometem a fazer sempre filmes juntos. Porém, um deles some misteriosamente e aparece dez anos depois, quando leva para o amigo a proposta de participar de um filme de roteiro insano, que pode destruir sua carreira.

Uma comédia horrível, em que o péssimo Gregório Duvivier serve de “escada” para Fábio Porchat tentar fazer graça, sempre falando palavrões como se fosse a coisa mais engraçada do mundo, e se metendo em situações embaraçosas. O humor rasteiro só pode agradar a pessoas de nível cultural próximo de zero.

Cotação: O (péssimo)

 

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RAÇA

RAÇA (Race, Canadá-Alemanha, 2016)

RACE

Nos anos 1930, ex-atleta e treinador universitário de corredores enxerga em um jovem aluno negro potencial para conseguir grande sucesso nos Jogos Olímpícos que se aproximam, e o ajuda a atingir seus objetivos.

Cinebiografia de Jesse Owens, atleta negro americano que ganhou quatro medalhas de ouro nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, superando corredores arianos bem em frente a Hitler.

RACE

Um filme empolgante e imperdível não só pelo tema sempre atual do racismo, como até mesmo pelo atual momento pré-Olimpíadas. A biografia brilha nos detalhes e mostra arrojo ao ressaltar não só o tapa na cara dos nazistas dado pelo atleta, como também ao denunciar o racismo encontrado em seu próprio país, a fraqueza dos próprios americanos em não colocar atletas judeus para correr e o posterior lapso em não honrar seu herói da forma que merecia.

Cotação: ★★★★ (ótimo)

TRUQUE DE MESTRE 2: O SEGUNDO ATO

TRUQUE DE MESTRE 2: O SEGUNDO ATO (Now You See Me 2, EUA, 2016)

Após enganarem o FBI, os mágicos do filme anterior estão foragidos. O grupo segue as ordens de um agente do FBI que os protege e planeja desmascarar um jovem gênio da informática. Entretanto, durante a revelação da farsa, os artistas são vítimas de um contragolpe, proveniente de um inimigo desconhecido.

Mais uma sequência desnecessária, sem criatividade, que altera parte da história original para tentar justificar a continuação, mas nem mesmo o bom elenco ajuda. Um filme apenas para quem busca diversão e o “making of” de vários truques de ilusionismo.

Cotação: ★★½ (legal)

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